12 de julho de 2010

Não me conformo...

Meu Deus! como é bom termos a sorte de conhecer pessoas inconformadas.

Pessoas que em muitos momentos da vida, não conseguem ser entendidas pelos demais, pois não se submetem ao comodismo em viver como GADO, que só olha para frente, e com isso fica complicado de pensar e produzir ideais.

Mas o que me faz escrever sobre inconformidade é que sempre gostei de música e especificamente da (bateria). Porém, sempre tive consciência de como seria complicado em aprender a tocar este instrumento e as dificuldades que teria devido a deficiência física que tenho nos membros superiores e inferiores.

Mesmo com estas dificuldades, arrisquei em ir até uma escola de música para ver se haveria alguma possibilidade em aprender a tocar. Essa era minha paixão e não via a minha deficiência como obstáculo. Naquele momento, o que aguçava meu coração é que haveria uma alternativa para tocar, mesmo em meio as minhas limitações.

Nossa! Muitas pessoas diziam que seria difícil e até impossivel, devido a minha condição. Porém, aprendi que quando somos subestimados, a nossa força em fazer acontecer aparece.... Essas coisas são tão fortes, pois é como você acreditar que em meio ao deserto, o mar vermelho pode se abrir, e abre.

Na verdade, a raiz de qualquer acontecimento que aparentemente é impossível, tem que ser brotado pelo sentimento de inconformidade, e este sentimento gera garra para você correr atrás dos seus ideais .

Esse sentimento foi expresso no rosto de uma pessoa no qual sou muito grato por ter acreditado e se inconformado com as opiniões alheias. Simplesmente o nome daquele que seria uma das referências na minha vida: VITOR SERIKAWA.

www.vitorserikawa.com.br
No momento em que cheguei a escola de música, ele estava logo na recepção. Quando o conheci, ele apenas disse uma frase que ficou marcada pra sempre em minha vida : “- Então é você que vai aprender a tocar bateria? Olha! Eu não sei como você vai tocar, mas se você quer aprender ... será um baterista.”


Ali, naquele momento inesquecível, foi escrito uma página de triunfo na história da minha vida.

Aqui, mostra um pouco do meu grande aprendizado e superação: http://www.youtube.com/watch?v=ovChdUEv4qo

Seja inconformado, não admita jamais ser abatido pelas opiniões, tenha fé, ouse e faça a sua história!

8 de julho de 2010

Gargalhadas!!!


Eitaaaaaaa! Como é bom dar risadas né!? ... parece que esquecemos do tempo e não sentimos as dores que as vezes nos aflige. Quando era criança eu tinha uns ataques de risos na frente das pessoas. Meu pai ficava maluco e dizia : -“Olha “Muleke”! Se você continuar assim, vou levá-lo no psicólogo!”.

Ixi! Eu tinha um medo! pois na época achava que psicólogo era coisa de doido....rsrsrs
Em uma dessas crises de risos, tive uma que foi marcante pra mim ...

Estava num supermercado e percebi que um Sr. de aparentemente 40 anos de idade veio andando em minha direção e me olhando com um semblante que mesclava uma tristeza profunda, com choro e piedade, pelo fato de eu estar numa cadeira de rodas.

Quando esse homem chegou perto de mim, eu já fiquei com muita vontade de rir pois o jeito em que ele me olhava parecia que eu estava em COMA ...E para acabar com tudo , ele exclamou com voz de misericórdia pela minha condição : “ Minha Nossa Senhora, coitado desse menino!!!”.

Ai foi o fim , não agüentei e comecei a dar muita risada... kkkkkkkkkkkkkkk..., e não conseguia me controlar! (estou escrevendo, e não agüento de rir, só de lembrar...kkkkkkkkkkkkkkkkk) ....
Enquanto eu gargalhava ... pra ajudar ele ainda soltou a segunda:

“ Meu Deeeuus! Acho que esse menino é ruim da mente,...além de não andar é doido! Coitaaaaaaaado!...” Kkkkkkkkkkkkkkkkk

Pois é, o cara pensou que eu era pirado, mas quer saber? Talvez eu realmente seja um pouco louco,pois loucos são pessoas que pensam diferente.

Por viver em uma sociedade em que a maioria das pessoas, pensam que deficientes físicos são coitadinhos ... então sou mesmo “ ruim da mente “ como o Sr. do supermercado disse, pois faço parte da minoria em acreditar que uma pessoa com deficiência tem um potencial como qualquer outra, claro que com necessidades especiais ...

E como um verdadeiro louco, continuarei a gargalhar dos obstáculos da vida, da falta de sensibilidade da sociedade, e do preconceito ... afinal, eu posso transpor tudo isso e ainda tenho fôlego para rir e rir muito dos semblantes de piedade dos “Srs. do supermercado “ que encaro todos os dias em minha vida ... rsrs.

Ah! Dêem uma olhada:...http://www.youtube.com/watch?v=xCnJ0jyebn8.

Abraço

5 de julho de 2010

A Dança da Vida


Vivemos num mundo onde somos cobrados pelo que falamos, fazemos, com quem andamos e acreditamos. Essa cobrança nos coloca numa posição de responsabilidade por simplesmente termos o fôlego da vida. Confesso que essa cobrança me deixava irritado por não conseguir enxergar o potencial e a responsabilidade que naturalmente caia sobre mim.

Conversando com uma daquelas pessoas que conseguem valorizar o nosso diferencial, é como o resplandecer do sol que estava timido pelas circunstâncias da vida. Assim, aprendi que quando somos cobrados pelo que fazemos, é porque não estamos brilhando o suficiente ou deixamos de lado todos os talentos, não exercendo as nossas habilidades.

Isso é muito sério, pois se ficarmos apenas nos questionamentos da vida o tempo passa e não fazemos história.

Fazer história não é apenas vaidade, mas envolve a marca da existência de alguém, que mesmo não sendo celebridade, é capaz de ser reconhecido pelo que faz e desse reconhecimento nao devemos abrir mão, pois tudo o que temos são os reflexos das nossas atitudes.

Por isso, não tenha medo de ser cobrado, pois aquela força e ousadia está na dança, que mesmo fora do ritmo sabemos que em qualquer momento aparece o Dj, que não deixa a música acabar para que você não saia das pistas e volte no ritmo que todos esperam.